Conheça a história de Guê, que há 50 anos atua como costureira em Conceição do Jacuípe

Mãe de 3 filhos e com 4 netos, Guê começou a costurar aos 15 anos, por influência da mãe, que também atuava na área

Com os avanços tecnológicos, algumas profissões mais tradicionais, como a de costureira, vem se tornando cada vez mais escassa no mercado. É o caso de Eunice Lopes Rodrigues, ou Guê Costureira, como é mais conhecida, que há 50 anos tem a máquina de costura como a sua companheira. Em entrevista ao FALA GENEFAX, ela falou sobre a sua história com a profissão.

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Apaixonada pela costura
Mãe de 3 filhos e com 4 netos, Guê começou a costurar aos 15 anos, por influência da mãe, que também atuava na área. “Comecei usando a máquina dela e fui pegando gosto. Decidi fazer um curso e aprendi tudo o que sei hoje”, conta. Fascinada pelas linhas, agulhas e tecidos, a profissional encontrou na costura não apenas uma forma de sustento, mas também uma verdadeira paixão. Com esforço e dedicação, passou a aprimorar suas habilidades, ganhando confiança a cada peça confeccionada.
Sentada em seu ateliê, onde passa boa parte do tempo, Guê diz não se lembrar de quase nenhum momento, nestas cinco décadas de profissão, em que a costura tenha lhe trazido algo de ruim. Elogios, belas peças e a fama de costureira de “mão cheia”, por outro lado, enchem a sua memória. “Uma vez sofri um acidente e precisei parar de costurar, porque não tinha como ir tirar a medida das pessoas. Nessa mesma época reencontrei minha professora de corte no meu primeiro curso e ela me ensinou a tirar as medidas a partir das roupas das pessoas”, disse.
Guê já ganhou diversos prêmios por seu excelente trabalho
Trabalho gratificante 
Questionada sobre o porquê de permanecer na profissão há tanto tempo, a costureira relata que a sensação de ver as pessoas gostando do trabalho que ela faz não tem preço. “Ainda não deixei de costurar porque é uma profissão que eu gosto e faço com muito amor.; Até hoje, graças a Deus, todos falam bem das minhas costuras”, afirma.
Relação com a família

Cláudia Rodrigues, filha de Guê, cresceu vendo a mãe costurar, e é testemunha da sua dedicação com o trabalho. Ela fala com orgulho sobre a mãe. “Se não fosse por ela, eu não estaria aqui hoje. Eu agradeço muito a Deus por tê-la na minha vida. A profissão dela é um orgulho para mim, ela disse queria que a gente seguisse assim, mas não tenho cabeça para essas coisas, mas é uma satisfação muito grande quando vejo as pessoas elogiando ela”, disse.
Nessa história de amor e cuidado entre as gerações, Beatriz Rodrigues, de 16 anos, filha de Cláudia e neta de Guê, expressa o carinho que tem pela avó. “Minha vó é tudo para mim e é muito bom ter ela como costureira, porque sempre que a gente compra uma roupa e não vem como desejamos, ela sempre dá um jeitinho e deixa tudo mais bonito.”

Guê conta que um dos seus desejos era que alguém da família seguisse os seus passos para continuar no ofício da costura, mas, até o momento, essa vontade não foi despertada nos filhos e netos.
“Quando Bia tinha 4 anos eu disse para ela que quando eu morresse minhas máquinas seriam dela, e ela ficou quietinha. Aos 6 anos, ela me perguntou quando eu iria morrer, porque assim as máquinas seriam dela. Respondi: ‘para com essa conversa, menina’ “, brinca a costureira.

 

 

 

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