Mendonça e Moraes batem boca sobre atuação do Ministério da Justiça no 8 de janeiro; assista

Os ministros Alexandre de Moraes e André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), discutiram nesta quinta-feira (14/9) sobre a atuação do governo, em especial do Ministério da Justiça, no dia 8 de janeiro – data em que extremistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

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O bate-boca ocorreu durante o julgamento de Aécio Lúcio Costa Pereira, o primeiro réu pelos atos golpistas a ter o caso analisado pela Suprema Corte.

Em um determinado momento da sessão, André Mendonça lembrou que foi ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, citou manifestações de 7 de Setembro, e disse que agentes da Força Nacional poderiam ter sido acionados para evitar os ataques aos prédios públicos federais.

Posteriormente, Moraes disse considerar um “absurdo” Mendonça “querer falar que a culpa do 8 de janeiro é do ministro da Justiça”.

“É um absurdo, quando cinco comandantes [da PM] estão presos, quando o ex-ministro da Justiça [Anderson Torres, então secretário de Segurança do DF] fugiu para os Estados Unidos e jogou o celular dele no lixo, e foi preso. E, agora, vossa excelência vem no plenário do STF, que foi destruído, dizer que houve uma conspiração do governo contra o próprio governo? Tenha dó”, disse Moraes.

Quando Moraes citou Anderson Torres, Mendonça foi ao microfone e disse “não ser advogado de ninguém”. E, no momento em que Moraes, falou sobre “conspiração do governo”, Mendonça disse ao colega para “não colocar palavras” em sua boca.

“Tenha dó vossa excelência”, rebateu Mendonça.

O ministro Gilmar Mendes, então, fez uso da palavra, expôs algumas considerações e os ânimos se acalmaram. Na sequência, Mendonça e Moraes pediram desculpas um ao outro e a sessão prosseguiu, com a conclusão do voto de André Mendonça.

Cadeira de ministro estava ‘lá na rua’, diz Gilmar

 

Antes do bate-boca entre Moraes e Mendonça, os ministros Gilmar Mendes e Nunes Marques protagonizaram uma pequena discussão.

Gilmar Mendes se dirigiu a Nunes Marques afirmando que o dia 8 de janeiro não foi um “passeio no parque”, em referência à declaração dada por Alexandre de Moraes no dia anterior do julgamento. E afirmou: A cadeira em que o senhor [Nunes Marques] está sentado estava lá na rua no dia da invasão”, afirmou Mendes.

Em resposta, Nunes Marques lembrou que não havia utilizado a expressão “passeio no parque”.

“Só para justificar, ministro, essa expressão não foi minha. Não fui eu que disse isso”, disse Nunes Marques.

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