Bolsonaro diz que não tem controle sobre corrupção nos ministérios

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta quarta-feira, 15, que não tem controle sobre possíveis atos de corrupção praticados com desvios de verbas direcionadas aos ministérios da sua gestão no Palácio do Planalto. De acordo com o chefe do Executivo, não é possível acompanhar tudo.
“Pode ocorrer (corrupção)? Pode. São 23 ministérios, são dezenas de secretários, só o Ministério do Desenvolvimento Regional tem mais de 20 mil obras pelo Brasil. O Tarcísio (Freitas, ex-ministro da Infraestrutura) tem umas 300 (obras). O Ministério do Turismo tem umas mil obras, pode haver algo errado? Pode”, afirmou em entrevista à jornalista Leda Nagle nesta manhã.
Bolsonaro chegou a citar diretamente dois ministérios para exemplificar a possibilidade de corrupção na sua gestão: o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação. “O Ministério da Saúde tem uma movimentação diária de R$ 500 milhões por dia. Vai dinheiro para tudo quanto é lugar. Pode haver coisa errada? Pode”. “O Ministério da Educação é uma coisa gigantesca, pode ocorrer algo de errado? pode”, reforçou.
Ataque ao TSE
Ainda na entrevista, o presidente avaliou que o Tribunal Superior Eleitoral pode cassar sua candidatura à reeleição. E disse não ter dúvida de que os ministros da Corte querem inviabilizar sua chapa, com o objetivo de beneficiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Que querem impedir [minha candidatura], não há dúvida. Se vão conseguir, acho que vão fazer tumulto. Eles podem até lá cassar meu registro, alguns dias depois o pleno desfaz, mas fica aquela imagem pro Brasil todo, pensam logo em corrupção, para ajudar o Lula”, afirmou.
“Lula é o candidato desses três: do Fachin, do Barroso, do Alexandre de Moraes. Eu não tenho dúvida disso”, acrescentou o presidente.
Candidato a vice
Bolsonaro falou também sobre a escolha do vice na chapa que encabeçaria para disputar as eleições deste ano. Sobre quem seria a sua parceira ou parceiro na campanha à reeleição ao Planalto, o presidente respondeu que a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS) e o general da reserva Walter Braga Netto (PL-MG) são “cotadíssimos” para o posto de vice na chapa à reeleição.
“Toda semana inventam uma fofoca. O Braga Netto teve uma passagem marcante pelo Rio de Janeiro, na intervenção. Ficou muito conhecido; ajudou muito o estado do Rio de Janeiro. Terminou o tempo dele de 45 anos de serviço. Veio trabalhar aqui na Casa Civil; foi um trabalho excepcional comigo aqui, um ministério difícil. É cotadíssimo”, avaliou.
Sobre Cristina, respondeu. “Cotadíssima, excelente pessoa também, excelente pessoa. Querem fazer uma briga aí [entre] homem e mulher. É isso o que eles querem fazer. Vão querer falar que eu prefiro não uma mulher, mas um homem; ou então tumultuar o que eu já estou fazendo em Brasília”.

 

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