Casal é vítima de LGBTQIA+fobia em homenagem do Dia das Mães em escola de Feira de Santana

Mariana Leonesi e sua esposa, Larissa Porto, teriam sido impedidas de participar do evento.

As mães de uma menina de quatro anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), afirmam que foram vítimas de LGBTQIA+fobia da Escola Asas de Papel, instituição de ensino particular de Feira de Santana.

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A influenciadora e jornalista Lorena Coutinho denunciou a situação em suas redes sociais na última quinta-feira (9/5), expondo a tentativa da escola de barrar a participação de Mariana Leonesi e sua esposa, Larissa Porto, na homenagem do Dia das Mães promovida pela instituição.

O casal deu detalhes do ocorrido, que aconteceu na última sexta-feira (3), quando a instituição de ensino teria encaminhado uma mensagem particular para o casal, alegando que, por se tratar de um “ambiente de educação”, apenas um representante poderia comparecer ao evento.

“Estamos preparando esse momento com todo carinho que a mãe ou representante merece, contudo, tratando-se de um ambiente de educação, no qual a construção e o cumprimento de regras inclui ética e respeito ao direito do outro, enviamos um comunicado anterior, enfatizando que cada terá direito somente a um representante por família”, diz uma mensagem enviada para o casal.

Diante da imposição, Mariana e Larissa se recusaram a escolher apenas uma delas para comparecer ao evento de Dia das Mães.

“A gente se posicionou dizendo que não. Que éramos duas mães, que não fazia sentido ir apenas uma, e que não tem como dar um exemplo de avó ou de tia, porque não somos avó ou tia, nem pai. Somos mães, e as duas queriam ser homenageadas, mas para além disso, a Marina não compreenderia por que eu faltei ou por que Marina faltou”, declarou o casal.

Após a repercussão, a escola se pronunciou, alegando que sua intenção era “garantir o respeito ao senso coletivo e isonomia”, mas que, diante da “ameaça de exposição pública”, optou por permitir a participação do casal.

“Nosso objetivo sempre é deixar claro o respeito ao senso coletivo no que se refere a isonomia. Ficamos perplexos com a ameaça de exposição pública por estarmos exercendo o direito institucional de sermos justos e criteriosos com todas as mães, que mesmo tendo avós ou tias como rede de apoio na representação materna, sequer cogitaram descumprir o combinado”, destaca a instituição de ensino em resposta.”

Porém, Mariana e Larissa relatam que foram “hostilizadas” durante o evento, com a presença da diretora na porta da instituição, avaliando a presença delas.

A diretora da escola fez questão de estar na recepção, nos olhando com cara de ódio, de fúria, com quem diz vocês duas estão vindo estragar esse momento, vocês não são bem-vindas. E isso Marina sentiu, isso Marina se sentiu super insegura, nem quis ficar lá”, pontua o casal.
Histórico

Mariana e Larissa afirmam que a situação não representa um caso isolado, já que enfrentam resistência em outras ocasiões, como no Dia dos Pais.

A homenagem aconteceu no último sábado (4), com a presença das duas mães. A reportagem tentou entrar em contato com a instituição de ensino, mas não obteve retorno até o momento de publicação desta matéria. O espaço segue aberto.

 

 

 

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