Cozinha Solidária Maria da Sopa: Uma iniciativa que alimenta e transforma vidas em Amélia Rodrigues
Desde 2019, a Cozinha Solidária Maria da Sopa tem sido uma base de apoio à comunidade de Amélia Rodrigues, servindo refeições e oferecendo capacitação para mulheres em situação de vulnerabilidade. Através de uma parceria firmada entre o Instituto de Desenvolvimento do Associativismo e Cooperação Solidária da Bahia (IDASB) e a Associação Comercial onde por meio de um Termo de Colaboração foi feita a aquisição de máquinas,
equipamentos e utensílios que montaram a estrutura da Cozinha Solidária localizada na Rua Antônio Pinto, bairro 115 .
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O objetivo, à principio era fomentar o desenvolvimento de agrupamentos da Economia Solidária, sobretudo aqueles coordenados por mulheres negras em situação de vulnerabilidade econômica e social, promovendo a capacitação dessas mulheres, lhes conferindo independência financeira, contribuindo para a emancipação feminina e combatendo a desigualdade de gênero e raça.
A Cozinha Solidária Maria da Sopa é uma homenagem à Dona Maria, uma moradora da comunidade que, por muitos anos, distribuiu sopas para os mais necessitados. Embora Dona Maria não possa mais continuar seu trabalho devido à idade e à saúde debilitada, seu legado de solidariedade continua através desse projeto, que visa expandir suas atividades para outros bairros de Amélia Rodrigues.
De acordo com Everton Telles, secretário da Associação Comercial, neste ano, já foram realizados nove cursos de capacitação, treinando aproximadamente 100 mulheres. Esses cursos abordam desde boas práticas na produção de alimentos até manipulação e conservação, sempre seguindo os critérios da vigilância sanitária, garantindo a segurança alimentar de quem consome os produtos.
“Capacitamos aproximadamente 100 mulheres. E, agora, por final, também, nós capacitamos algumas mulheres que têm cadastro no CRAS aqui da cidade. E essa parceria, com a Prefeitura de Amélia Rodrigues, tem sido muito importante, porque a gente tem conseguido alcançar muitas pessoas em questão de vulnerabilidade econômica e social Através dessa capacitação, as mulheres passam a ter noção de empreendedorismo, desenvolver seu próprio negócio e, assim, garantir o sustento de sua família”, disse.
Atualmente, cerca de 10 mulheres voluntárias se revezam diariamente na cozinha, que já começou a servir 100 pratos de sopa por dia, com a meta de alcançar 200 refeições diárias. A produção conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, que atualmente fornece cerca de 14 toneladas de alimentos da agricultura familiar para a preparação das refeições.
O presidente da Associação Orgânica de Conceição de Jacuípe e Região, Edenísio Antônio, conhecido como Zito, anunciou a evolução da entidade para uma cooperativa chamada Cobafs. Ele destacou o trabalho da cooperativa e sua parceria com a Associação Comercial de Amélia Rodrigues, que já vem ocorrendo há cinco anos. Segundo Zito, essa cooperação foi fundamental para o desenvolvimento de projetos como a Cozinha Solidária, um espaço que tem transformado vidas na região.
Zito também ressaltou a importância da figura de Dona Maria da Sopa. “Durante muitos anos, ela distribuiu sopa para as comunidades. Dona Maria é um exemplo de solidariedade, um exemplo de pessoa, exemplo de alegria, de fé em Deus. Ela é uma pessoa fantástica. Todo esse nosso movimento culminou com essa homenagem à Dona Maria”, pontuou.
As mulheres que integram a comissão de trabalho da Cozinha Solidária receberam capacitação em Boas Práticas na Produção de Gêneros Alimentícios, na manipulação, conservação e armazenamento desses produtos, o que garante que os alimentos produzidos e servidos por elas sejam de alta qualidade e respeitem os pré-requisitos da vigilância sanitária.
Antônia Franco, voluntária, expressou a profunda satisfação que sente ao fazer parte do projeto social. ” Gente, é maravilhoso. Eu estou regozijada, porque há muitos anos eu já faço trabalho voluntário. E recebi o convite, para participar desse projeto aqui. Meu Deus, é uma alegria imensa. Porque é gratificante você fazer por amor, ajudar as pessoas carentes. Isso não tem preço”, disse