Homem é encontrado morto na BR-324 após sofrer acidente de carro e passar 71 dias desaparecido

Um homem de 42 anos, que estava desaparecido havia 71 dias, foi encontrado morto vítima de acidente de carro, às margens da BR-324, próximo à entrada de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador, na manhã desta segunda-feira (15/5).
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A vítima foi identificada como Marcílio Silva, que era natural do Piauí e morava na Bahia desde 2001. O auxiliar de produção havia sido visto pela última vez no dia 4 de março, um sábado. Na data, ele estava em um churrasco com dois amigos, e resolveu deixar os dois antes de retornar para casa.
“Ele deixou um no bairro de Periperi, em Salvador, e o outro na Pitanguinha [Simões Filho], isso já quase 22h. Aí depois disso, ele não foi mais visto. No dia 5 [de março], a gente já não tinha mais nenhum contato com ele. Nós então começamos busca implacável e incansável pelo meu irmão”, contou Mirailton Silva, irmão de Marcílio.
A família do auxiliar de produção então registrou o desaparecimento em delegacia, mas seguiu com a busca em vários lugares de Salvador.
“A gente não tinha vestígios dele, só esperava achar ele com vida em algum lugar. Levantamos várias hipóteses, achamos que ele poderia ter surtado. Entramos em lugares arriscados para procurar por meu irmão, até que hoje de manhã recebemos um vídeo de um carro acidentado, caído em um córrego nas imediações da BR-324, e era a placa do carro dele”, contou.
A família foi ao local e encontrou o corpo de Marcílio em estado avançado de decomposição. Segundo Mirailton, não há dúvidas de que o irmão foi vítima de um acidente.
“O carro estava todo destruído, como em um acidente, capotado. O teto amassado, o capô e o para-choque destruídos. Ele até conseguiu sair um pouco para fora do carro, mas não sobreviveu para conseguir ligar para alguém e pedir ajuda”.
O carro de Marcílio deve ser removido do córrego ainda nesta segunda-feira. Por todo o tempo em que estava sem notícias sobre o paradeiro dele, a família teve toda a rotina alterada, como conta Mirailton.
“A gente ficou muito abalado, as noites já não eram mais as mesmas, a comida não tem o mesmo sabor, a vida da gente não tem mais cor. Agora, pelo menos nós temos o alívio de saber o que aconteceu, mas vamos ter que lidar com a dor, a saudade e a tristeza”.
Quando chegou à Bahia em 2001, Marcílio tinha apenas mudas de roupa em uma sacola e, desde então, construiu uma vida. Para o irmão, o auxiliar de produção era o alicerce da família. Ele não deixa esposa ou filhos. Ainda não há detalhes sobre o sepultamento dos restos mortais de Marcílio.
“Ele era referência da família, o centro da família. Chegava junto nos momentos de fraqueza, seja financeiramente ou pessoalmente. Ele era uma pessoa independente e resolvida. Construiu um legado, deixou uma casa. Vai ficar a saudade e a sabedoria de que a vida da gente é um sopro”.

 

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