Jogador conjacuipense Júnior Santos volta ao chamado: “estou vivendo um novo tempo em Cristo Jesus”

A vida não deu capítulos fáceis até Júnior Santos aparecer como um dos destaques na campanha de liderança do Botafogo no Brasileirão. O camisa 37 do  ExTime de Luís Castro, um dos melhores em campo na vitória sobre o Palmeiras-SP no último domingo (25), só virou jogador de futebol aos 23 anos depois de receber um conselho para lá de especial.
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Nascido em Conceição de Jacuípe, Júnior foi para Salvador com 20 anos para tentar ganhar a vida. Nunca tinha passado pela cabeça virar jogador de futebol, mas o garoto começou a trabalhar como ajudante de pedreiro com um tio. O esporte era uma forma de lazer, mas que também se tornou lucrativa.
“Minha adolescência foi muito conturbada. Algumas coisas acredito que não aconteceram também por culpa minha. Quando se é do interior você não acredita muito que vá virar jogador do futebol, é algo muito distante, fica só ali na TV. Passei por coisas muitas difíceis. Aos 20 anos eu começo a trabalhar de servente, vou para Salvador e começo a jogar amador, ganhando 50 reais nos jogos, fui fazendo meu nome, jogando muito bem e comecei a cobrar para jogar, uns 300 reais por partida. Fui jogar um campeonato chamado Intermunicipal, que é muito conhecido, e fui muito bem. Primeiro trabalhei como ajudante de pedreiro, jogava aos finais de semana ganhando 300 reais por jogo”, relatou.
Aos poucos, Júnior se tornou uma “estrela do futebol amador” e largou o trabalho como pedreiro. A visibilidade dos jogos de várzea é tamanha que o atacante chegou a receber propostas para se profissionalizar, mas preferiu deixar para trás.
“Futebol era um lazer. Nessas ocasiões quando fiquei conhecido recebi duas propostas para jogar profissionalmente. Uma foi pelo Bahia de Feira e outra pelo Fluminense de Feira, mas na época eles só queriam me pagar 800 reais, o salário mínimo da época. No amador eu tirava cerca de 3000 reais por mês. Jogava sábado e domingo e chegou uma hora que meu cachê já estava em 500 reais por jogo e até abandonei a carreira de ajudante de pedreiro, não queria mais bater massa não (risos). Seria 800 reais por três meses e se eu fizesse o contrato profissional não poderia jogar mais o amador, aí não quis ser jogador de futebol”, disse.
O que aconteceu para Júnior Santos mudar de ideia? O atacante, no tempo livre, leu e entendeu mais sobre religião. Daí, aceitou uma convite de um amigo que conheceu nos jogos amadores para ir São Paulo e jogar no Osvaldo Cruz, à época na quarta divisão estadual, arriscou tudo para tentar o novo sonho de virar jogador.
“Na minha cabeça não acreditava que poderia ser (jogador), até que recebi uma profecia na Igreja que eu rodaria o mundo jogando futebol, acabei me afastando e um dia um cara chegou em um dos jogos amadores e disse “Cara, você joga em que time?”, eu respondi que não jogava e ele me disse que eu estava perdendo tempo, que se jogasse eu seria um grande jogador. Aquilo ficou na minha mente e eu tentei. Foi quando surgiu a oportunidade de ir para São Paulo, vendi o pouco que eu tinha, vendi fogão, geladeira, e fui. Graças a Deus deu tudo certo.
Longe de casa, o jogador deu os primeiros passos como jogador profissional aos 23 anos, sem ter feito categoria de base. A única experiência de Júnior Santos antes do Osvaldo Cruz foram os jogos amadores em Salvador e as peladas de rua. A saudade de casa quase foi uma pedra no caminho, mas ele recebeu um conselho do seu pai, José Antonio, que o deixou no rumo certo.
Durante os testes, seu José Antonio sofreu um AVC e ficou em situação complicada de saúde. Sem poder sair de São Paulo por conta dos testes, Júnior Santos se emociona ao falar do pai.
“Infelizmente quando eu estava em teste no Ituano meu pai sofreu um AVC e perdeu a memória, ele não chegou a ver meu sucesso, não me viu virando um jogador de futebol. Ano retrasado ele acabou falecendo. Eu queria que ele tivesse visto me tornar jogador”, pontuou.
“Tenho alguns amigos que dizem que nem parece que sou o cara que joga futebol. Como virei atleta muito tarde às vezes parece que estou sonhando. Eu não gosto de levar aquilo que eu faço para me exaltar. Gosto de tratar todo mundo bem, seja um repórter ou qualquer outro, tenha falado bem de mim ou não. Acho que a gente tem que querer ser uma pessoa melhor. Eu procuro ser eu mesmo, alegre, brincalhão, seja em entrevista, jogando, na rua… Claro que passamos por momento difíceis, mas gosto de ser essa pessoa que sou. Não sei se sou humilde, arrogante, empolgado… Sei que eu sou eu”, disse.
Hoje, Junior Santos mora no Rio de Janeiro, o camisa 37 do Botafogo é um dos jogadores mais importantes para a equipe e se reconectou com a fé, depois de pregar na igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD) do Pastor Marcos Pereira, ele fez a seguinte declaração em seu Instagram.
“Pedi perdão e recomeçar… estou vivendo um novo tempo em Cristo Jesus, depois de ter me afastado e deixado a promessa de lado, o senhor me resgata novamente e me coloca no centro da sua vontade, foi pra isso que fui chamado, ele me tirou do interior da Bahia, pele negra, nordestino, analfabeto e sem capacidades, mas ele me capacitou, me colocou no meio de príncipes e princesas para pregar sua palavra, eu me rendo a o senhor Jesus.”

 

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Mira Gospel

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