Médico é condenado a 17 anos de prisão por assassinato de colega em Feira de Santana
O médico Geraldo Freitas Júnior foi condenado a 17 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão pela morte do colega acreano Andrade Lopes Santana. O julgamento ocorreu no Fórum Filinto Barros, em Feira de Santana, e durou cerca de 20 horas, começando na manhã de quinta-feira (26/9) e se encerrando na madrugada desta sexta-feira (27). Familiares e amigos de Andrade acompanharam todo o processo judicial.
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O crime, que chocou a comunidade médica e a sociedade local, aconteceu em maio de 2021. Inicialmente, o julgamento estava previsto para dezembro de 2023, mas foi adiado após a defesa de Geraldo solicitar a transferência do julgamento para outra comarca. A justificativa foi que o corpo de Andrade Lopes tenha sido encontrado em São Gonçalo dos Campos, o que poderia influenciar na decisão final do júri.
Geraldo Freitas foi preso quatro dias após o desaparecimento de Andrade, no dia 28 de maio de 2021 – a mesma data em que o corpo do médico acreano foi encontrado no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos, a cerca de 20 km de Feira de Santana.
Após a prisão, Geraldo foi inicialmente preso para o Conjunto Penal de Feira de Santana, mas, a pedido de defesa, foi transferido para o Conjunto Penal de Jequié, no sudoeste da Bahia, onde residem familiares de sua esposa. Apesar da mudança de unidade prisional, ele continuou à disposição da vara do júri de Feira de Santana.
Durante o depoimento à Polícia Civil, Geraldo confessou ter cometido o crime. As investigações revelaram que, após matar Andrade, ele foi até a delegacia para registrar o desaparecimento da vítima, na tentativa de ocultar sua responsabilidade no homicídio. A polícia, no entanto, concluiu que o crime foi envolvimento de forma solitária por Geraldo Freitas.
O caso trouxe à tona debates sobre a violência entre profissionais da área da saúde e a importância de medidas preventivas para garantir um ambiente de trabalho mais seguro e humanizado.
