Moradores protestam após ação policial com morte; “chegaram atirando”
Os moradores da região do Inferninho, no bairro da Mata Escura, realizam um protesto desde o final da manhã desta quarta-feira (1/3). A manifestação ocorre por causa da morte de um morador que teria recebido um tiro na cabeça durante uma ação da Polícia Militar na noite de ontem, terça-feira (28/2). Os manifestantes queimaram pedaços de madeira e dezenas de pessoas se acumulam na Avenida Cardeal Brandão Vilela, afetando o trânsito na região.
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Em entrevista, a população afirma que os dois homens atingidos estavam na mesma rua quando foram surpreendidos por uma equipe da Polícia Militar, que efetuou diversos disparos. As vítimas foram identificadas como Jucimario Ferreira e Alberto Bispo de Jesus, de 45 e 62 anos. Alberto foi atingido na perna, socorrido para o hospital Roberto Santos e já recebeu alta médica. Jucimario, que atuava como vendedor ambulante, também foi socorrido para o hospital, mas não resistiu ao disparo que atingiu a cabeça.
Uma moradora afirmou ter ouvido até 12 tiros, que, segundo ela, pareciam estar vindo de uma única arma. “Estávamos na igreja, e por volta das 20h, ouvimos muitos tiros. Quando saímos da missa, por volta das 21h, soubemos dos dois baleados.”, afirmou.
A versão da população é diferente da PM, que alega por meio de nota, que as equipes foram acionadas para apurar uma troca de tiro de facções criminosas e teria encontrado as vítimas já baleadas. “Fizeram uma covardia, sabemos que a região aqui tem tráfico, mas isso não justifica chegar atirando. Aqui também vivem trabalhadores”, protestou outro morador.
Confira abaixo a nota da PM, na íntegra, sobre o caso que vitimou os dois populares:
“Guarnições da 48ª CIPM foram acionadas com informações de disparos de arma de fogo na localidade conhecida como Inferninho, na avenida Cardeal Avelar Brandão Villela, na Mata Escura, na noite de terça-feira (28/2). No local, os policiais encontraram dois homens feridos, caídos ao solo, os quais foram imediatamente socorridos ao Hospital Geral Roberto Santos, onde deram entrada. Rondas foram realizadas a fim de localizar suspeitos, mas ninguém foi preso.”
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